BO - 19/08/22 - PROTOCOLO DE SEGURANÇA DOS JORNALISTAS NAS ELEIÇÕES
ABI, FENAJ E SINDJOR-RJ E A SEGURANÇA DOS JORNALISTAS NAS ELEIÇÕES
Sem a presença das empresas, que se
recusaram a participar, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de
Janeiro, em parceria com a ABI e a FENAJ, realizou em 19 de agosto debate sobre o Combate à Violência Política nas Eleições contra Jornalistas e
Comunicadores.
Estiveram presentes no Auditório João Saldanha, o presidente da ABI , Octávio Costa; o auditor fiscal do MTE – Coordenador Regional do Projeto de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo, Raul Brasil; o defensor público federal, Thales Arcoverde Treiger; o secretário de Relações Institucionais do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Armando de Souza; e a jurista Carol Proener, da ABJD Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.
O início do processo eleitoral acirrou o clima de violência
existente nas redes sociais e nas ruas. Nesse cenário, o exercício profissional
faz dos jornalistas alvos de mensagens de ódio, agressões virtuais e até mesmo
físicas.
A demanda e as reivindicações por segurança partiu da
própria categoria. O tema tem sido preocupação constante do jornalistas,
incluído nas Pautas de Reivindicações encaminhada às empresas no final do ano
passado e ignorado solenemente por elas.
Convidadas para o debate, bem como os sindicatos patronais,
nenhuma compareceu, ignorando o alerta do Sindicato para que invistam em
segurança garantindo que nenhum jornalista corra risco no exercício
profissional.
“A ABI, a FENAJ e os Sindicatos estão fazendo tudo que está
ao seu alcance para proteger os jornalistas e as jornalistas, mas as empresas
não podem ficar de braços cruzados. Elas têm de assumir as suas
responsabilidades também. Vamos cobrar
isso e contamos com o apoio do Ministério Público do Trabalho”, disse o
presidente da ABI, Octávio Costa.
Todos os debatedores concordaram com a preocupação do
Sindicato e se colocaram à disposição para ajudar, e até acrescentar, mais
itens ao Protocolo.
PROTOCOLO PARA AS EMPRESAS EMPREGADORAS
Designação de equipes completas, em especial assegurando
auxiliares e motorista no caso de televisão;
Fornecimento de EPIs adequados à cobertura e capacitação dos
profissionais para o seu manejo;
Garantir treinamento adequado de segurança aos
profissionais, para a cobertura jornalística das eleições e das manifestações;
Fornecimento de identificação para uso, se o profissional
julgar necessário;
Disponibilização e garantia de assistência judicial e do
corpo jurídico da empresa para eventuais problemas;
Garantia do direito de o profissional se retirar, caso seja
identificado que o local traz riscos à sua segurança;
O respeito à Notificação Recomendatória do Ministério
Público do Trabalho do CE sobre segurança dos jornalistas.
Fonte: http://www.abi.org.br/entidades-propoem-protocolo-de-seguranca-dos-jornalistas-nas-eleicoes/
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