BO - 12/01/23 - SJPDF REGISTRA 16 PROFISSIONAIS ATACADOS DURANTE OS ATOS DE 8 DE JANEIRO
Sobe para 16 o número de jornalistas agredidos nos atos terroristas de domingo
Até a manhã desta quinta-feira (12), o Sindicato
dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal recebeu relatos de 15
profissionais da imprensa agredidos nos atos terroristas e golpistas deste
domingo (8). Pelo menos dois deles solicitaram ajuda da Polícia Militar do DF e
não receberam qualquer apoio. Uma colega relatou que um dos policiais chegou a
apontar um fuzil para ela.
Veja abaixo os casos reportados ao SJPDF:
1 – Um repórter do jornal O Tempo foi agredido por
criminosos que chegaram a apontar duas armas de fogo para ele, dentro do
Congresso Nacional. O repórter relatou que procurou ajuda, mas os policiais
militares se recusaram. Foi salvo por um técnico da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC).
2 – Uma repórter da Rádio Jovem Pan foi xingada e seguida enquanto deixava a região da Esplanada dos Ministérios. Um homem tentou abrir a porta do carro da jornalista e apontou uma arma para ela.
3 – Um repórter da TV Band teve o celular destruído
enquanto filmava o ato. Ele me disse que não foi agredido.
4 – Uma repórter fotográfica do Metrópoles foi
derrubada e espancada por 10 homens. Ela teve o equipamento danificado.
5 – Uma jornalista e analista política do portal
Brasil 247 foi ameaçada, perseguida e agredida pelos terroristas. Ela teve de
apagar os registros feitos no celular. Ao pedir auxílio da Polícia Militar,
teve como resposta um fuzil apontado em sua direção. Relatou que só saiu sem
ser linchada porque teve ajuda de uma pessoa que participava do ato.
6 – Uma correspondente do jornal The Washington
Post foi agredida com chutes e derrubada no chão. Ela teve o material de
trabalho roubado. Um repórter do jornal O Globo que testemunhou a agressão
recorreu à equipe do Ministério da Defesa, que ajudou a jornalista.
7 – Um repórter fotográfico free-lancer teve o
equipamento de trabalho e o telefone celular roubados pelos vândalos. Os
agressores deram socos no rosto dele e quebraram os óculos do profissional.
8 – Um repórter da Agência Anadolu, da Turquia,
levou tapas no rosto enquanto cobria o vandalismo no Palácio do Planalto.
9 – Um repórter da Agência France Press teve o
equipamento (incluindo o celular) roubado e foi sido agredido.
10 – Um repórter fotográfico da Folha teve o
equipamento roubado.
11 – Um repórter fotográfico da Agência Reuters
teve o material de trabalho e o celular roubados.
12 – Um repórter da Agência Brasil teve o crachá
puxado pelas costas, enquanto registrava a destruição. Ele ficou com
escoriações no pescoço.
13 – Um repórter fotográfico do portal Poder360°
foi agredido e tentaram levar o equipamento dele.
14 – Um repórter fotográfico da Agência Brasil
precisou sair da Esplanada dos Ministérios após vândalos ameaçarem empurrá-lo
da marquise do Congresso Nacional.
15 – Um jornalista do portal Congresso em Foco
relatou que um agente da Polícia Rodoviária Federal impediu que ele ficasse em
local seguro e o que o obrigou a ir para o meio dos terroristas. Ele também foi
cercado por agentes da Força Nacional de Segurança Pública e só conseguiu ficar
em segurança após ser resgatado por um integrante da assessoria do Ministério
da Justiça e Segurança Pública.
16 – Um repórter fotográfico free-lancer foi
perseguido pelo mesmo homem encapuzado que intimidou o colega da Reuters. Este
homem ameaçou danificar o equipamento e agredir o profissional. Ao pedir ajuda
da Polícia Militar do DF, o repórter fotográfico foi autorizado a ficar dentro
da área protegida pelos policiais, mas o criminoso que o ameaçava continuava
próximo a ele e não se constrangeu com a presença da PM. Apesar de ter de
permanecer mais tempo no cercadinho, até se sentir seguro, o colega conseguiu
sair do local sem sofrer danos físicos ou materiais.
Fonte: https://www.sjpdf.org.br/noticias-teste/52-em-destaque/4559-sjpdf-atualiza-balanco-de-jornalistas-agredidos-nos-atos-terroristas-deste-domingo
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