BO 05/06/23 - JÁ SÃO CINCO OS PRESOS POR ENVOLVIMENTO NA MORTE DE DOM PHILIPS E BRUNO PEREIRA
DOM PHILIPS E BRUNO: DOIS SUSPEITOS SÃO INDICIADOS PELA MORTE DA DUPLA
Há exato um ano, em 5 de junho de 2022, o jornalista inglês Dom Philips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados
enquanto realizavam uma expedição de barco no Vale do Javari, no estado do
Amazonas.
Até então, três
pessoas foram presas pelo duplo homicídio: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, assassino
confesso da dupla; Jefferson da Silva Lima e Oseney de Oliveira, conhecido como Dos Santos.
Mas segundo revelado pelo Fantástico exibido no último domingo, 4,
outras duas pessoas foram indiciadas pelo envolvimento no crime. Os dois,
inclusive, já estavam presos pelo envolvimento em outros atos criminosos.
Os indiciados
O primeiro trata-se de Rubén Villar,
vulgo Colômbia, que teria sido o mandante dos crimes. Ele está preso desde
julho de 2022 por falsidade ideológica. O outro é Jânio Freitas de Souza, detido desde agosto passado por
associação para pesca ilegal. Ambos responderão ainda pelos crimes
de homicídio e ocultação de cadáver de Dom Philips e Bruno.
Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que Rubén e Amarildo ficam, durante
um tempo, presos na mesma cela, onde tiveram uma conversa interceptada.
Nela, Colômbia pediu para Amarildo não revelar que
foi ele quem forneceu a munição usada nas execuções.
Através do financiamento e operando expedições ilegais de pesca, Villar era o comandante de uma organização criminosa que fazia
contrabando para o Peru e Colômbia, apontou o Fantástico. A reportagem mostrou
que a mesma quadrilha foi responsável pelo monitoramento
do indigenista e do jornalista
britânico.
Amarildo e Jânio estavam abaixo de Colômbia no grupo. A dupla era moradora da comunidade de São Rafael, mesmo local da última foto feita de Dom, justamente registrada por Bruno, na beira de um rio.
Durante o período de um ano, apontou a polícia, os acusados trocaram
mais de 400 telefonemas, inclusive no dia do crime — antes e depois das
execuções. Os fatos, segundo Carlos Palhares, perito da Polícia
Federal, indicam que os assassinatos foram premeditados.
Por fim, a perícia da PF concluiu que Dom e Bruno foram mortos pelas costas, com
disparos feitos a uma distância de cerca de seis metros. Os dois não teriam
ouvido o barco de Amarildo se aproximar
devido ao barulho do motor de sua embarcação.
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