BO 02/05/24 - ONG LANÇA ESTUDO SOBRE ATAQUES A MULHERES JORNALISTAS
Estudo sobre ataques a jornalistas brasileiras é lançado com presença de Nobel da Paz
Feito pela organização #ShePersisted, em parceira com a empresa de análise de dados The Nerve, esta fundada pela jornalista filipina Maria Ressa, vencedora do prêmio Nobel da Paz por sua defesa da liberdade de imprensa, o estudo "Ataques relacionados a gênero e desinformação" foi lançado em 1º. de maio, em São Paulo, durante reunião paralela ao encontro do G20 sobre integridade da informação.
O trabalho, cujo lançamento contou com presença de Ressa, analisou mais de 1,15 milhão de publicações e comentários ofensivos contra jornalistas mulheres e políticas brasileiras veiculados, entre 2019 e 2024, no X (ex-Twitter), Facebook e YouTube.
Além de demonstrar que os ataques online frequentemente miram a credibilidade, inteligência e reputação das vítimas, o trabalho indica que tais publicações ofensivas muitas vezes são compartilhadas em páginas da extrema direita nacional. Entre as mulheres mencionadas nas publicações estão as jornalistas Daniela Lima, hoje na GloboNews, Amanda Klein, da Rede TV! e Jovem Pan, Vera Magalhães, da TV Cultura e O Globo, Miriam Leitão, da GloboNews, e Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
Grau de agressividade
Também foram avaliadas publicações atacando as deputadas federais Tabata Amaral (PSB-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Erika Kokay (PT-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Duda Salabert (PDT-MG), Erika Hilton (PSOL-SP), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a ministra do Planejamento Simone Tebet, e as ex-deputadas federais Manuela D’Ávila e Joice Hasselmann.
As publicações foram classificadas de acordo com seu grau de agressividade, além de níveis de ofensa e falsidade. O levantamento indicou que as postagens com conteúdo considerado mais tóxico eram respostas a críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados.
Ademais, o trabalhou revelou que os
ataques frequentemente miravam a credibilidade, inteligência e reputação das
vítimas. Dentre as ofensas mais repetidas, destaque para "besta
quadrada", "burra", "idiota", "louca",
"esquizofrênica" e "não bate bem da cabeça". Acusações de
"antipatrióticas", "comunistas", "bandidas" ou
"traidoras" também são frequentes na análise, assim como ofensas
referentes à aparência física e à sexualidade das vítimas.
Fonte:https://portalimprensa.com.br/noticias/ultimas_noticias/86819/estudo+sobre+ataques+a+jornalistas+brasileiras+e+lancado+com+presenca+de+nobel+da+paz
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